25 novembro 2009

Histórias Búdicas

Um Bodisatva de nome Fugen Shikishin perguntou a Vimalakirti:- quem são seus pais, sua esposa, seus parentes, amigos e conhecidos? onde estão seus servos, escravos, animais e carros? Vimalakirti respondeu em versos: "-O Caminho que leva à Outra Margem é minha mãe, os meios são meu Pai, pois é destes que nascem todos os Mestres. A alegria de conhecer a Lei é minha esposa e o Coração Compassivo é minha filha. A Mente Pura é meu filho e o Vazio sereno e sem mácula é minha casa. Meus discípulos são as paixões, sempre obedientes à minha vontade. O caminho Correto é meu Mestre, nele obtive a Iluminação. As Leis da Outra Margem são meus amigos. A Compaixão, a Alegria e a Sabedoria são minhas servas, que tocam e cantam a canção do Darma. "No Jardim onde tudo cresce, há um bosque sem paixões. Lá desabrocha a formosa flor da Iluminação e medram os frutos da Libertação. Nos tanques das Oito Libertações, cheios com a Água da Concentração, brotam sete flores puras. Neles se banham as pessoas sem mácula".

O Mestre(Buda) disse (ao discípulo):"- Ainda, Subhuti, mesmo que uma mulher ou um homem sacrifique por dia tantos corpos quantos grãos de areia existentes no rio Ganges, isso durante um número de dias tão grande quanto o de grãos de areia existentes no Ganges, maiores serão os incontáveis, imensuráveis méritos acumulados por aquele que retirar desta Lei um simples verso e o ensinar e pregar a outrem".

Certa tarde de outono, o Mestre Ikyyû vagueva pelos campos, levando consigo uma flauta de bambu. Um eremita, ao vê-lo, perguntou-lhe: "- Quem és tu?" "- sou um peregrino que segue para onde sopra o vento." Tencionado pô-lo em apuros, o eremita perguntou: "- e quando o vento não sopra?" "ENTÃO SOPRO EU"- respondeu Ikyyû começando a soprar na sua flauta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário